Cartas para o amanhã - Todo mundo tem uma história para contar # 20

Amanhã,
“Todo mundo tem uma história para contar”. Esta foi a frase que falei para minha mãe quando me questionou o porque de tantas perguntas sobre meus ancestrais. Faz algum tempo já que comecei a me incomodar com o fato de não saber quase nada sobre a história daqueles que vieram antes de mim. O que aconteceu na vida dos meus avós? Como eles se conheceram? Como foi a infância dos meus pais? Como foi o final da vida daqueles que já partiram?
Essas e muitas outras questões começaram a me mobilizar e percebi que era a história me chamando. Acho realmente potente e inspirador saber que todo mundo tem uma história para contar, seja ela triste ou alegre, trágica ou fantasiosa, complicada ou comum, são histórias e, por mais similares que possam parecer, são nos detalhes que elas se distinguem e se fazem únicas.
Fiquei realmente mexida com todas as histórias que ouvi dos meus antepassados, coisas engraçadas, outras profundamente tristes, outras enigmáticas para a época que ocorreu, mas facilmente explicadas pela medicina atual. Mas todas que contam um pedacinho da vida de alguém que veio antes de mim e que, por algum motivo se conectou a mim através do sangue que corre em minhas veias.
Saber a história de alguém é uma forma de honrar tudo que aquela pessoa viveu, me senti abraçando cada uma daquelas pessoas em seus momentos de dor e segurando suas mãos nos momentos de alegria. A vida é bela e triste, cada dia ao seu modo, no riso ou no pesar, e as histórias que contamos, é tudo aquilo que dela podemos levar.
Hoje serei mais breve amanhã, tentando retomar a rotina de férias pandêmicas em fase final. Até o momento, sem sucesso.
Sou apaixonada por ouvir histórias da vida alheia (poderiam me chamar de bisbilhoteira, mas eu prefiro o termo escritora, dificilmente encontrará um escritor que não goste de ouvir histórias).
Tem alguma história que queira contar?
Me conta, vou amar ler um pedacinho que carrega consigo por aqui.
Com curiosidade e afeto,
Ana.

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